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Economia Terça-feira, 26 de Novembro de 2024, 10:26 - A | A

26 de Novembro de 2024, 10h:26 - A | A

Economia / ECONOMIA

Após boicote no Brasil, Carrefour recua e reconhece 'grande qualidade' da carne brasileira

Grupo afirma que continuará comprando carne do Brasil para os supermercados no país, e carne da França para a operação francesa.

G1/MT



O Grupo Carrefour global disse, nesta terça-feira (26), que reconhece a "grande qualidade" das carnes dos frigoríficos brasileiros e que as redes de supermercados do Brasil continuarão optando pelas carnes produzidas nacionalmente. A nota é assinada pela assessoria de imprensa da empresa.

Após a publicação do Carrefour, o Ministério da Agricultura e a Pecuária (Mapa) publicou uma nota nesta manhã afirmando que recebeu um pedido formal de desculpas, em uma carta assinada pelo CEO do Carrefour Global, Alexandre Bompard. Nela, o executivo diz "pedimos desculpas".

A retratação ocorre seis dias depois de Bompard ter publicado uma carta em suas redes sociais afirmando que o grupo tinha assumido o compromisso "de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul".

A carta, direcionada a um sindicado agrícola francês, em meio a protestos de agricultores, não explicava para quais países essa medida era válida e nem especificava a quantidade de carne que o Carrefour França comprava do Mercosul.

Questionado pelo g1, a companhia explicou que a decisão só era válida para a França e que quase 100% da proteína vendida nos mercados franceses do grupo são fornecidas por produtores europeus.

Na nota publicada nesta terça-feira (26), o Carrefour Global reforçou que esse modelo de negócios irá ser mantido na França.

"A decisão do Carrefour França não tem como objetivo mudar as regras de um mercado francês já amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais. Ela visa garantir legitimamente aos agricultores franceses, que enfrentam uma grave crise, a continuidade do nosso apoio e de nossas compras locais", disse.

"Do outro lado do Atlântico, compramos quase toda a nossa carne brasileira no Brasil e continuaremos a fazê-lo", afirmou. "Lamentamos que nossa comunicação tenha sido percebida como uma contestação de nossa parceria com a agricultura brasileira e uma crítica a ela".

 

O que gerou a fúria do agro e do Ministério da Agricultura

A fala de Bompard, na semana passada, desencadeou uma série de boicotes de frigoríficos brasileiros à rede Carrefour, e ao Atacadão e Sam's Club, que também fazem parte do grupo. Um dia depois da declaração do CEO, grandes empresas, como a JBS e Minerva, além da Masterboi, interromperam o fornecimento de carne ao grupo.

O movimento recebeu apoio do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que explicou que o que incomodou foi o Bompard ter questionado "qualidade sanitária das carnes brasileiras".

Isso porque, em sua primeira carta, o CEO disse que havia um "risco" de a França ser inundada "com carne que não atende às suas exigências e normas".

“Não é pelo boicote econômico. O problema é a forma com que o CEO do Carrefour tratou, o primeiro parágrafo da carta, da manifestação dele, que fala com relação à qualidade sanitária das carnes brasileiras, que é inadmissível falar”, afirmou o ministro, em entrevista à Globonews.

Nesta terça-feira, após boicotes, o CEO afirmou: "Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor"

Carrefour recua e diz que vai mantar compra de carne do Brasil

Já para a operação francesa, o Carrefour disse que continuará comprando a maior parte da carne dos produtores franceses — destacando que essa já era a prática do grupo, que se classifica como o "principal parceiro da agricultura francesa".

"Compramos quase exclusivamente a nossa carne francesa na França e continuaremos a fazê-lo. A decisão do Carrefour França não pretende alterar as regras de um mercado francês já amplamente estruturado em torno das suas cadeias de abastecimento locais", diz a nota.

O Carrefour ainda afirmou que "garante legitimamente aos agricultores franceses, mergulhados numa crise grave, a sustentabilidade do nosso apoio e das nossas compras locais".

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