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Redação Agitos Mutum
O Brasil deve colher uma safra histórica de 354,7 milhões de toneladas em 2025/2026, superando em 0,8% o volume do ciclo anterior, segundo o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (14). A área plantada também segue em alta e deve alcançar 84,41 milhões de hectares, crescimento de 3,3% em relação à safra passada.
A soja, que lidera a produção agropecuária no país tem estimativa de produção em 177,64 milhões de toneladas, um aumento de 3.6%. A área plantada também deve ser superior à safra do ano passado em 3,6%, atingindo 49,07 milhões de área plantada. Até o momento, o país já alcançou 11% de semeadura do grão.
Para o algodão em pluma, a produção está estimada em 4,03 milhões de toneladas, volume levemente inferior ao da safra passada. Em contrapartida, a área plantada deve crescer 2,5%, chegando a 2,1 milhões de hectares. Já o algodão em caroço deve alcançar 9,7 milhões de toneladas, apesar de uma leve queda de 1,2% em relação à safra 2024/25. O plantio deve se intensificar a partir de dezembro, com o fim do período de vazio sanitário.
A produção total de milho na safra 2025/26 está estimada em 138,6 milhões de toneladas, queda de 1,8% em comparação ao ciclo anterior. Apesar da leve retração na colheita, a área cultivada deve crescer 3,9%, chegando a 22,7 milhões de hectares. A 2ª safra, responsável pela maior parte da produção do grão, deve registrar aumento de 3,8% na área plantada, mas com produção estimada em 110 milhões de toneladas, uma redução de 2,5% em relação à safra 2024/25.
A produtividade da safra anterior foi recorde e neste ano deve ser 6,1% menor. O milho 3ª safra também está com produção (-13,1%) e área (-7,4%) menores em relação à safra passada.
Carne mais barata
A Conab também projeta uma queda nos preços das proteínas ao consumidor, impulsionada pelo aumento da produção e da área plantada de milho da primeira safra, destinada principalmente à fabricação de rações para o mercado interno. A expectativa é de que a área cresça 6,1%, com produção estimada em 25,6 milhões de toneladas, volume 2,8% superior ao registrado na safra anterior.
Se os números se confirmarem, esta será a maior área plantada com milho desde a safra 2009/2010. Segundo o diretor-presidente da Conab, Edegar Pretto, o avanço deve refletir diretamente no bolso do consumidor. “Quando há oferta abundante de alimento para os animais, a tendência é de preços mais justos nas proteínas, nas prateleiras dos supermercados”, afirmou.