Lorena Segala, TV Centro América
O entregador Michael Douglas Carvalho Duarte está tendo dificuldades financeiras após a alta do combustível sucessivas vezes nos últimos meses. Em janeiro, ele gastava cerca de R$ 70 para encher o tanque da motocicleta e, agora, quase R$ 120.
Michael trabalha com entregas há dois anos e ele diz que está praticamente trabalhando para abastecer a moto.
"Se a gente não abastece, não leva alimento para casa, mas agora a gente abastece e continua não levando por causa desses aumentos do combustível", afirmou.
A gasolina e o diesel foram reajustados pela Petrobras pela sexta vez neste ano.
A gasolina sai das refinarias a R$ 2,84 o litro, o que corresponde a uma alta de R$ 9,2%. São R$ 0,23 a mais.
"A Petrobras leva em consideração alguns fatores. Um deles é o preço do barril do petróleo e outro a valorização do dólar perante o real. Se ela tem um preço interno muito abaixo do preço internacional, ela abre espaço para os importadores. Então deixa de vender e não consegue colocar no mercado", explica o diretor executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetróleo), Nelson Soares.
O diesel teve um reajuste de 5,5%. Com isso, o litro passou a custar R$ 2,86 nas refinarias. São R$ 0,15 a mais por litro.
Também existe a previsão de reajuste no preço. Na semana passada o litro passou a custar em média R$ 3,79.
"O etanol tem como componente principal a cana de açúcar ou o milho e o diesel é um insumo importante na produção dele", disse o diretor do Sindipetróleo.
Nesta semana, os entregadores fizeram um protesto por causa dos aumentos.
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