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Economia Sábado, 01 de Novembro de 2025, 17:29 - A | A

01 de Novembro de 2025, 17h:29 - A | A

Economia / AGILIDADE E MENOR CUSTO

Uso de moto entre trabalhadores de MT é o dobro do resto do país, diz IBGE

Silvano Costa/GD



Trabalhadores de Mato Grosso usam motocicletas como meio de transporte para o trabalho duas vezes mais que a média nacional, segundo dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agilidade no trajeto, alto custo dos automóveis e atividade informal são pontos que contribuem para o cenário.

A porcentagem de mato-grossenses que usam as duas rodas para deslocamento é de 31,3% (que representa mais de 420 mil pessoas), comparado a 16,37% de trabalhadores no resto do Brasil. Entre 2014 e 2024, o número de motos em circulação quase dobrou em Cuiabá.

 

Na avaliação do economista Emanuel Daubian, o alto uso da moto como meio de transporte se dá, em parte, pela opção de trabalhadores pelo trabalho informal.

"Muita gente não acha compatível receber um salário mínimo e trabalhar 8h por dia CLT. Essas pessoas preferem adquirir uma moto e prestar diversos serviços", explicou.

Além disso, o economista cita o aumento no preço dos carros populares, que tornou a motocicleta a única alternativa para grande parte da classe trabalhadora.

O meio de transporte mais utilizado por trabalhadores no estado, contudo, é o carro (35,96%). Além deles, outras opções que aparecem na pesquisa são a pé (10,07%), ônibus (9,83%) e bicicleta (9,63%).

Restringindo os dados à Capital, o número de usuários de ônibus mais que dobra (20,85%) e a bicicleta como meio de transporte para o trabalho cai drasticamente (3,47%).

Acidentes de moto são mais fatais

Segundo o Atlas da Violência 2025, divulgado na última semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Mato Grosso teve, em 2023, a terceira maior taxa de mortes por 100 mil habitantes envolvendo acidentes com motocicletas do país.

João Pedro Lopes Moreno, 24, anda de moto desde 2020, quando comprou o veículo pensando no tempo gasto no deslocamento. “Eu precisava me deslocar com agilidade, na época eu trabalhava a 17 km de casa”..

Mesmo sem nunca ter se envolvido em um acidente, João Pedro confessa que se sente inseguro no trânsito cuiabano. Ele culpa, em parte, a imprudência tanto de motoristas quanto de motociclistas nas ruas e avenidas da cidade pelos acidentes.

“Tem muito motorista de carro que nunca dá seta, troca de faixa bruscamente, sem olhar, fora outros motociclistas que, muitas vezes, estão bem acima da velocidade e querem passar por cima de todo mundo”, reclama.

Para evitar possíveis acidentes, ele diz que procura ficar “sempre ligado” e não parar logo atrás ou entre os carros.

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