Vinicius Mendes/GD
Ramira Gomes dos Santos, 22, acusada de matar e esquartejar o filho, Bryan da Silva Otany, 4 meses, em maio de 2021, ainda aguarda decisão sobre o pedido de insanidade mental. Em fevereiro deste ano o Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinou a realização do procedimento.
A mãe responde por homicídio, ocultação de cadáver, com qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima. Em novembro de 2021 a Defensoria Pública, que a representa, fez pedido de soltura junto à comarca de Sorriso, mas foi negado. O defensor citava insanidade mental e requeria exame.
A defensoria recorreu ao Tribunal de Justiça requerendo o exame que atesta se a ré usufrui de plenas faculdades mentais. A 1ª Câmara Criminal, por unanimidade, concedeu o pedido.
Consta no processo sobre insanidade mental da acusada, que tramita na 1ª Vara Criminal de Sorriso, que no último dia 14 de dezembro houve vista à Defensoria e uma juntada de petição, sendo que na sexta-feira (16) os autos seguiram conclusos para decisão. Ainda não houve sentença proferida.
O caso
O crime foi cometido com requintes de crueldade. Segundo Ramira, na madrugada de 14 de maio de 2021 ela matou seu bebê asfixiado com um travesseiro. Foram necessárias duas tentativas para conseguir matar o filho, que estava no carrinho.
Depois do homicídio, ela levou o corpo até a pia da cozinha, onde cortou as mãos e pés do filho, para facilitar esconder o cadáver. A mãe colocou os membros dentro de latas de leite em pó, embalou em sacos de lixo e deixou na lixeira em frente da casa.
Ela ainda lavou o local e jogou as roupas que usava fora. O tronco e cabeça foram enterrados em uma cova rasa embaixo de um tanque de lavar roupa no quintal.
Ao amanhecer, foi até o mercado para comprar produtos de limpeza para tentar eliminar os vestígios de sangue na cozinha. Depois de ter matado o filho, ela ainda compareceu à uma consulta no dentista, como se nada tivesse acontecido.
Os restos mortais foram encontrados por um cachorro e logo os vizinhos chamaram a polícia.