Daniela Santos METRÓPOLES
Os brasileiros estão sentindo na pele os efeitos da onda de calor extremo que castiga boa parte do país. Mas, além das implicações físicas, as altas temperaturas têm impacto em outro ponto que preocupa consumidores: o bolso.
Alimentos e eletrodomésticos, como ar-condicionado e ventilador, registraram aumento nos preços, de acordo com dados de outubro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A conta de luz também pode ficar mais cara em breve devido ao aumento do consumo, avaliam especialistas.
O preço do ar-condicionado subiu 6,09%, indica o IPCA, maior valor desde outubro de 2010, quando o custo do eletrodoméstico que gela o ar teve alta de 10,54%. Já o ventilador teve variação de 0,20% para cima. A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) aponta aumento de 38% nas vendas de aparelhos de ar-condicionado somente no segundo semestre do ano.
“O aumento no custo final do equipamento é ocasionado por mudanças climáticas, calor e estiagem, que impulsionam a elevação dos preços devido à dificuldade no transporte de mercadorias e insumos pelos rios de Manaus, tendo em vista que praticamente todas as indústrias estão localizadas na região, a mais afetada pela seca”, destaca o presidente do Departamento Nacional de Comércio e Distribuição da Abrava, Toríbio Rolon.