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Redação Agitos Mutum
Dados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa apontam que Sorriso reduziu em 66% o número de homicídios em 2025, alcançando o menor índice desde 2017. Apesar da queda histórica, as facções criminosas ainda ditam o cenário da violência no município, respondendo por 65% dos assassinatos registrados neste ano.
O balanço demonstra que a queda foi consistente ao longo de todo o ano. Em janeiro e agosto deste ano, meses com maior concentração de casos, foram quatro homicídios cada.
Mesmo com a redução expressiva, o relatório evidencia que a presença de facções criminosas ainda exerce forte influência sobre o perfil das vítimas e a motivação dos homicídios.
A predominância desses grupos, responsáveis por 65% dos crimes, aponta que a queda nos números não elimina a necessidade de reforço nas estratégias de enfrentamento ao crime organizado.
Dos 20 homicídios registrados em Sorriso ao longo de 2025, apenas dois foram classificados como feminicídio, o menor número dos últimos anos.
As vítimas foram: Jacyra Grampola Gonçalves da Silva, de 24 anos, morta a tiros pelo ex-convivente, e Ivaldete Coutinho de Oliveira Polesello, de 58 anos, morta a facadas pelo marido.
Sorriso registrou, até setembro deste ano, 20 homicídios, o menor patamar desde 2017. O levantamento aponta que, entre 2017 e 2024, o município variou de 29 a 75 mortes anuais, com picos em 2022 (71 casos) e 2023 (75). Em 2024, o total fechou em 59. O desempenho parcial de 2025 representa uma redução de 66% em comparação com o ano anterior.
A queda também se confirma na análise mensal: entre janeiro e outubro, foram registrados 20 homicídios em 2025, enquanto o mesmo período de 2024 contabilizou 55, uma retração de 64%.
Perfil das ocorrências
O documento destaca que, das 20 mortes violentas registradas este ano:
- 13 têm ligação com organizações criminosas;
- 5 são classificadas como homicídios comuns;
- 2 foram feminicídios.
Investigações rápidas e assertivas
Outro ponto relevante é o ritmo de elucidações. Segundo o relatório, em diversos meses o número de casos solucionados acompanha a quantidade de homicídios registrados, demonstrando constância e eficiência na atuação da unidade especializada.
A Delegacia atribui os resultados ao trabalho da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, que tem executado investigações técnicas, identificação célere dos autores e monitoramento contínuo de grupos criminosos.
A combinação desses fatores, segundo a corporação, tem interrompido ciclos de violência, garantido a responsabilização dos envolvidos e ampliado a confiança da população nas forças de segurança — elemento essencial para sustentar a tendência de queda nos homicídios.
Por outro lado, no ranking por estado, Mato Grosso ficou na 19ª colocação, com índice de 29,2 ocorrências de mortes, quase o dobro em relação à sua principal.
Um exemplo dessa disparidade entre capital e interior é o município de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá). Lá, o índice de execuções por 100 mil habitantes é de 69,8, número 4 vezes maior que a média de Cuiabá.
Tendo o Centro-Oeste como referência, essa diferença também é visível. Entre as capitais, Cuiabá é a segunda mais segura da região, atrás de Brasília e à frente de Goiânia (com índice de 19,1) e Campo Grande (20,1). Contudo, quando comparado com os estados, Mato Grosso é o mais perigoso entre os 4.




































































