Amanda Divina/Hiper Notícias
O juiz Alexandre Delicato Pampado determinou a instauração de um exame de insanidade mental de Antônio Anderson Ferreira Lima que foi preso acusado de ter esfaqueado a médica Jaqueline Matos da Croce, de 31 anos, e a agente de saúde Regy Rouse Lopes de Oliveira, de 51 anos, em um consultório de uma unidade pública de saúde de Primavera do Leste (a 240 km de Cuiabá) em agosto deste ano. Ele foi denunciado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
De acordo com o documento, existe dúvidas a cerca da sanidade mental do acusado e por este motivo o magistrado acatou o pedido de defesa. Foi fixado o prazo de 45 dias para que o laudo médico seja entregue à Justiça.
"Considerando que há dúvidas a respeito da sanidade mental do acusado, se faz necessária a instauração do competente incidente, razão pela qual defiro o pedido formulado pela defesa e determino seja o denunciado submetido à exame médico-legal para atestar a sua condição mental, bem como se ao tempo da sua ação delitiva era capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, o que faço com fundamento no artigo 149 do Código de Processo Penal.", diz trecho do documento.
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RELEMBRE O CASO
No dia 25 de agosto, a médica Jaqueline estava atendendo em um consultório médico da unidade básica de saúde do bairro São José. Após atender um paciente, um homem identificado apenas como Antônio Anderson Ferreira Lima invadiu o local e desferiu várias facadas no abdômen da médica, que à época estava grávida de 5 meses.
Uma testemunha conseguiu intervir e jogou uma mesa na direção do suspeito, que conseguiu correr. Na fuga, ele ainda atingiu a agente de saúde Regy Rouse Lopes de Oliveira, de 51 anos, com uma facada no tórax. Regy não resistiu aos ferimentos e morreu durante a cirurgia.
Já Jaqueline permaneceu alguns dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) mas recebeu alta posteriormente. Foi informado ainda que o bebê não foi atingido.
MOTIVAÇÃO
Antônio Anderson relatou aos policiais militares que cometeu o crime devido a um atendimento 'ruim' que teria recebido no local. Após cometer o crime, o homem ainda gravou um vídeo dizendo que os “poderosos” da Justiça brasileira tentaram usar a medicina para tirar a sua vida.
Em outra gravação, o suspeito aparece com uma faca na mão, dizendo que tinha acabado de agir e que esperava pela polícia.
Por outro lado, o irmão da médica Jaqueline disse que não entende o ato do suspeito, já que sua irmã nunca recebeu reclamação por conta de atendimento na saúde pública.