Angélica Callejas /Midia News
O menor de 14 anos acusado de matar uma criança de 10 na quinta-feira (17), em Tangará da Serra (240 km a noroeste da Capital), será internado provisoriamente por 45 dias.
O corpo da vítima foi encontrado com marcas de estrangulamento no domingo (20), em uma região de mata no Município, após quatro dias desaparecido. Na data, o acusado confessou o crime à Polícia.
De acordo com a Justiça, o adolescente, que está sendo representado pela Defensoria Pública, já foi ouvido em audiência de apresentação.
Ele então teve o pedido de internação determinado pela juíza da Vara da Infância e Juventude de Tangará da Serra, Leilamar Aparecida Rodrigues.
Agora a Justiça aguarda resposta do Estado sobre qual será a unidade socioeducativa onde o menor irá cumprir a internação.
Nesse período de 45 dias, a sentença definitiva deverá ser proferida. Ele poderá ficar internado pelo prazo máximo de três anos.
O desaparecimento
De acordo com a Polícia Civil, a criança tinha sumido na última quinta-feira (17), quando estava sob os cuidados do padrasto, pois a mãe dele estava em viagem.
Em desdobramento ao caso, o homem foi preso por abandono de incapaz.
Na delegacia, o padrasto relatou que, ao chegar em casa na quinta, não viu mais a criança. Ele teria ido dormir e, no dia seguinte, ao chamar o enteado para ir à escola, notou que ele não estava no quarto.
À polícia, ele disse acreditar que o menino teria dormido na casa de algum coleguinha.
Ainda na sexta, ao retornar para casa no almoço, o homem sentiu falta do menino novamente. Só então resolveu acionar a cunhada, tia da criança. A mulher informou que também não tinha informação do sobrinho.
O crime
Durante a investigação, os agentes encontraram imagens de câmeras de segurança que mostraram o adolescente junto com o menor, no dia 17 de novembro.
No domingo (20), a Polícia se dirigiu à casa do adolescente, que começou a colaborar com os investigadores. Após ser pressionado, ele acabou confessando o crime.
Conforme o menor, na quinta, ele atraiu a vítima até um rio já com intenção de matá-lo, pois, segundo ele, o menino cometia bullying.
No local, “motivado pela ira”, o acusado enforcou a vítima até a morte. Em seguida, afogou o menino no rio, e na sequência deu duas pedradas na cabeça dele.
Após os fatos, o suspeito arrastou o corpo do colega cerca de 300 metros para dentro do rio.