Raynna Nicolas/Hiper Noticias
A 4ª Vara Cível de Sinop (487 km de Cuiabá) manteve a convocação de Assembleia Geral para definir o plano de recuperação judicial dos Irmãos Picinin, que acumulam dívidas na ordem de R$ 239,7 milhões. Atualmente no setor algodoeiro, os irmãos pugnaram pela homologação do termo de adesão ao plano de Recuperação Judicial (RJ), entretanto, o pedido foi considerado extemporâneo.
A inobservância do prazo previsto na legislação foi apontada por diversos credores que se opuseram à homologação do termo de adesão. Segundo despacho da 4ª Vara Cível de Sinop, o grupo do agronegócio também não conseguiu reunir o quórum mínimo de assinaturas no termo de adesão para dispensar a convocação de assembleia.
Proprietários da Algodoeira Vale do Tartaruga LTDA, Moacir e Valdir Picinin alegaram que começaram a ter problemas financeiros ainda em 2004, quando as plantações de soja no norte de Mato Grosso ficaram inundadas com as cheias acima da média naquele ano.
Na ocasião, outros irmãos de Moacir e Valdir compunham a sociedade. Entretanto, em 2010, a maioria dos irmãos abandonou a sociedade em virtude dos impasses sofridos pelo grupo. Em 2014, os dois irmãos que passaram a tocar as plantações sofreram novamente com as cheias.
Em 2018, os dois decidiram migrar da soja para o algodão e vinham dando indícios de recuperação financeira até 2020, quando o mundo foi impactado pela pandemia de covid-19. De acordo com a defesa dos irmãos Picinin, durante o período a situação financeira do grupo se agravou chegando ao passivo de R$ 239,7 milhões.