G1/MT
Mato Grosso lidera a produção nacional da pluma e a safra deste ano deve passar de 4,7 milhões de toneladas de algodão em caroço. O ritmo está mais acelerado que na safra passada. O movimento cresce nas lavouras e também nas algodoeiras.
Segundo a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão, o estado tem 133 algodoeiras ativas. Ao longo das últimas cinco safras, o aumento de unidades instaladas foi de 28%.
Gilmar Deliberaes, gerente de uma cooperativa de algodão de Campo Verde no sudoeste do estado, conta que as máquinas trabalham de segunda à segunda e que são vários os processos para separar a pluma do caroço.
No pico da safra, daqui a duas semanas, a cooperativa vai passar a receber, por dia, cerca de 1,2 toneladas de algodão para processar.
"A algodoeira, hoje, tem 70 hectares de área para armazenar o algodão que recebe do produtor para beneficiar. Há também o armazém da pluma. A indústria processa em torno de 850 toneladas diariamente, um movimento bastante alto. Na época de safra, nossa equipe chega a 130 funcionários", conta.
O algodão pode ficar até 60 dias no pátio antes de ser beneficiado.
Para o gerente, a expectativa deste ano é de crescimento de 20% a 30% comparado à última safra, com a produção de 190 mil fardos de algodão.
No armazém, há seis reservatórios que colhem a água da chuva. Com isso, há cerca de 7 milhões de litros de água disponíveis, principalmente para a época da seca. Cerca de 100 mil litros de água são usados por dia.
"Temos a preocupação de estar molhando sempre o pasto para que a poeira não atrapalhe os funcionários que estão trabalhando nem os maquinários", explica.
Dentro da algodoeira, o produto passa por vários processos, como conferência e pesagem, processamento, secagem, limpeza, descaroçamento e retirada das amostras para classificação. Depois de todos os processos, ele está pronto para sair da algodoeira e ir para venda e exportação.
Após a safra, ficam armazenados na cooperativa cerca de 60% da produção, esperando a venda feita pelo produtor.