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GERAL Domingo, 08 de Junho de 2025, 22:39 - A | A

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GERAL / AMAZONAS

Neto que andou com corpo do avô em cadeira de rodas é solto em Manaus; polícia aguarda laudo do IML

Neto biológico, registrado como filho pelo idoso, foi liberado após depoimento; polícia aguarda laudo do IML, com prazo de até 30 dias, para decidir se ele será responsabilizado por crime.

Por Daniel Landazuri, g1
AM — Manaus



Rômulo Alves da Costa, de 42 anos, neto preso após empurrar o corpo do avô em uma cadeira de rodas pelas ruas do Centro de Manaus, foi liberado após prestar depoimento na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). A informação foi divulgada pela Polícia Civil neste domingo (8).

As causas da morte de José Pequenino da Costa, de 77 anos, ainda estão sendo investigadas, e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) deve ficar pronto em até 30 dias.

Um parente, que preferiu não se identificar, contou ao g1 que Rômulo é neto biológico de José Pequenino, mas chegou a ser registrado como filho.

Segundo a DEHS, Rômulo alegou que havia saído com o avô para tentar fazer um empréstimo bancário e comprar alimentos e itens de higiene pessoal para os dois. Ele afirmou estar desempregado e que cuidava do avô, o que dificultava a busca por trabalho.

A cena, registrada na Avenida Eduardo Ribeiro, chamou a atenção de pedestres e comerciantes pela falta de reação do idoso, que já estava morto. Antes de ser abordado pela polícia, o neto usava o corpo do avô para pedir dinheiro no local.

De acordo com o delegado adjunto da DEHS, Adanor Porto, o inquérito segue em andamento e outras testemunhas devem ser ouvidas ao longo da semana. A polícia também investiga se Rômulo chegou a entrar com o corpo do avô em alguma agência bancária.

"Aparentemente, ele estava com algumas feridas, mas, segundo informações preliminares da perícia, essas lesões podem estar relacionadas a comorbidades já preexistentes da vítima. Isso será confirmado no laudo pericial", disse o delegado.

Um dos filhos do idoso informou à polícia que não via o pai desde novembro do ano passado, período em que o idoso teria passado a morar com o neto. A família relatou ainda que José Pequenino era hipertenso, diabético, fazia tratamento nos rins, usava bolsa coletora e apresentava várias comorbidades.

A Polícia Civil reforçou que, mesmo com a soltura de Rômulo, as investigações continuam. Ele ainda pode ser responsabilizado por crimes, como vilipêndio de cadáver ou tentativa de estelionato, dependendo do que for apontado no laudo pericial.

O caso

Na tarde deste sábado (7), policiais da 24ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) foram acionados ao Centro de Manaus após denúncias de que um homem estava empurrando o corpo do avô morto em uma cadeira de rodas e pedindo dinheiro nas ruas do Centro da cidade. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado ao local e confirmou o óbito do idoso.

A perícia constatou que a morte não ocorreu no local e que o corpo já apresentava rigidez cadavérica, indicando que o idoso estava morto há algumas horas. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames de necropsia.

Rômulo Alves da Costa, neto do idoso, foi detido e levado para a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) para prestar depoimento.

Após a repercussão do caso, familiares compareceram à delegacia. Um parente, que preferiu não se identificar, contou ao g1 que Rômulo é usuário de drogas, havia saído recentemente da prisão e era acolhido pelo avô sempre que aparecia.

O parente também informou que há alguns meses, Rômulo disse que levaria o avô para visitar parentes, mas desde então não foi mais visto com ele pelos familiares.

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