Rafael Costa/Repórter MT
O governador Mauro Mendes (União Brasil) negou recurso administrativo e manteve a demissão do agente prisional Rafael Barros Meira, demitido do serviço público após um processo administrativo disciplinar concluir pela sua participação em um esquema de corrupção na cadeia pública de Nova Mutum (242 km de Cuiabá).
A decisão do Executivo seguiu parecer da PGE (Procuradoria Geral do Estado) e foi publicada nesta sexta-feira (28) no Diário Oficial do Estado.
De acordo com as investigações do Ministério Público que subsidiaram uma ação de improbidade administrativa, um grupo de agentes carcerários exigia o pagamento de propina para facilitar a entrada de aparelhos celulares, bebidas e drogas ilícitas na cadeia pública de Nova Mutum. As propinas exigidas pelos agentes carcerários para concessão de benefícios aos presos variavam de R$ 800,00 a R$ 1.500,00.
Até mesmo churrascos eram realizados no interior da unidade prisional, de acordo com investigações da Polícia Civil.
Depoimentos colhidos pelo MPE, no decorrer das investigações, demonstram que as práticas de corrupção ocorreram por diversas vezes.
Os fatos vieram à tona após a fuga de 27 presos pela porta da frente da cadeia, na madrugada do dia 5 de fevereiro de 2015.
Na ocasião, agentes em serviço foram seduzidos por parceiras dos presos e ingeriram substância química, que resultou em sono profundo.