Aparecido do Carmo/Repórter MT
Mato Grosso registrou 11 óbitos por Covid-19 nos dois primeiros meses deste ano, conforme os números divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT). Ao todo, foram 9.485 casos da doença registrados no estado. Mas a tendência é que haja um aumento, em decorrência do Carnaval.
Conforme a médica Soraya Rezende Rossi, infectologista do Hospital São Mateus em Cuiabá, por ser uma festa marcada por aglomerações de pessoas, a data comemorativa se torna um vetor de contaminação pelo vírus.
“O Carnaval, com suas características de grandes aglomerações, representa um período de risco para o aumento de casos de covid-19. A concentração de pessoas em espaços fechados e abertos, aliada à intensa interação social, cria um ambiente propício para a disseminação do vírus”, explica a médica.
O efeito pós folia deve ser sentido nas próximas semanas, quando os acometidos pela doença começarem a apresentar os sintomas e testarem positivo.
De acordo com a especialista, a Covid-19 ainda é uma ameaça para as pessoas, principalmente populações mais vulneráveis, como idosos e pessoas com condições de saúde pré-existentes, apesar do contexto diferenciado quando comparado com a época da pandemia.
“O perfil daqueles que ainda correm maior risco de complicações inclui idosos, especialmente aqueles acima de 60 anos, e pessoas com comorbidades, como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, doenças pulmonares crônicas e pessoas imunossuprimidas. A obesidade também é um fator de risco relevante para o desenvolvimento formas graves da doença”, disse Soraya Rossi.
A médica ainda explica que, com a vacinação e a imunização da população, foi reduzido o risco significativo de desenvolvimento de quadros graves da doença. Mesmo assim, é importante adotar medidas de prevenção.
“Embora tenhamos avançado muito na vacinação e no tratamento da doença, o vírus SARS-CoV-2 continua circulando globalmente, com o surgimento de novas variantes. É importante continuar com medidas de prevenção, como a vacinação, uso de máscaras em locais de risco e a manutenção de boas práticas de higiene. A conscientização e a vigilância continuam sendo fundamentais para proteger a saúde pública”, alertou.
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