Aparecido do Carmo/Repórter MT
Já se passaram oito anos desde que a Copa do Mundo do Brasil foi encerrada, mas o legado da competição em Mato Grosso são obras ainda não concluídas e celeuma sobre o modal de transporte coletivo, que será adotado entre as duas principais cidades mato-grossenses.
A principal obra de mobilidade urbana prevista para modernizar a Capital e ligar Cuiabá ao aeroporto de Várzea Grande era o Veículo Leve sob Trilhos, o VLT. A obra que custou mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos de Mato Grosso foi abandonada e deve ser substituído pelo BRT, sistema de ônibus articulados.
Ao menos essa é a intenção do governador Mauro Mendes (União), que trava uma batalha judicial com a Prefeitura de Cuiabá para que o caso seja encerrado logo.
Na Avenida da FEB, em Várzea Grade, por onde deveriam passar os vagões do VLT, é onde fica mais visível a “herança” da competição. Dezenas de estabelecimentos foram desapropriados para as obras e o espaço continuamente é cenário de acidentes de trânsito, inclusive com vítimas.
Até a Arena Pantanal, que acabou se tornando a casa do Cuiabá Esporte Clube, único time de futebol de Mato Grosso na série A do Campeonato Brasileiro, não foi completamente entregue – ainda restam 2% da construção e 8% do serviço de tecnologia da informação e o contrato foi judicializado.
Por outro lado, Cuiabá saiu transformada do evento. Obras como as trincheiras do Jurumirim e do Santa Rosa, além da Avenida do Parque do Barbado deram mais fluidez ao trânsito de veículos da cidade, que só faz crescer ano a ano.
Além disso, foi entregue o Centro Olímpico de Treinamento da Universidade Federal de Mato Grosso (COT-UFMT), primeiro espaço na região dedicado ao atletismo. Já o COT do Pari, em Várzea Grande, continua inacabado.
Os mato-grossenses chegam à Copa do Mundo do Catar sem saber quando serão concluídas muitas das obras iniciadas após o anúncio de que Cuiabá seria uma das cidades sede da competição no Brasil, ainda em 2007.