Assessoria
O Tribunal de Justiça reduziu para 24 anos e quatro meses a pena aplicada ao médico Fernando Veríssimo Carvalho pelo assassinato de sua namorada Beatriz Nuala Soares Milano.
O crime ocorreu em novembro de 2018, em Rondonópolis (a 215 km de Cuiabá). A vítima estava grávida de 4 meses.
Fernando havia sido condenado a 41 anos e 8 meses de prisão pelo Tribunal do Júri da cidade, em novembro do ano passado. A pena, portanto, foi reduzida em 17 anos e quatro meses.
A decisão foi tomada pela Primeira Câmara Criminal do TJ, em sessão realizada nesta terça-feira (13).
Atualmente Fernando está preso na Penitenciária Mata Grande, em Rondonópolis. Mesmo com a redução da pena, ela continuará em regime fechado.
Em um breve voto, o relator, desembargador Marcos Machado, entendeu por afastar algumas qualificadoras do crime de homicídio.
“O recurso está sendo provindo parcialmente e a pena totaliza-se, no meu entendimento, 24 anos e quatro meses de prisão, mantendo o regime fechado", resumiu.
O crime
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a vítima foi atingida com golpes de objeto contundente na cabeça, que provocaram inúmeras lesões, causando-lhe traumatismo cranioencefálico.
Segundo o MPE, Fernando utilizou seu conhecimento médico para causar a morte de Beatriz sem deixar vestígios.
Tanto que, após a morte da namorada, o réu tentou induzir a Polícia a concluir que houve uma morte natural.
Na denúncia do Ministério Público, Fernando ainda é descrito como uma pessoa “ciumenta, irritadiça e de temperamento explosivo e imprevisível” e que já tinha um histórico de relacionamento conturbado com a vítima.
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