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Notícias Sábado, 24 de Outubro de 2020, 21:25 - A | A

24 de Outubro de 2020, 21h:25 - A | A

Notícias / Em entrevista, Moacir Giacomelli afirmou que gosta

Candidato "Tio Patinhas" de MT declarou ter R$ 9 mi em espécie



A revista Veja desta semana trouxe uma reportagem sobre os candidatos a prefeito no Brasil que mais guardam dinheiro em espécie.

O campeão, conforme a revista semanal, é o atual prefeito de Vera e que tenta a reeleição, o produtor agropecuário Moacir Giacomelli (Podemos).

Ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral ter R$ 9 milhões em espécie. O montante representa nada menos que 90 mil notas de R$ 100.

“Guardar fora do banco quantias acima do milhão de reais não chega a ser uma novidade para Moacir Giacomelli (Podemos), que já havia informado ter R$ 1,2 milhão em 2008 e R$ 2 milhões em 2016 , diz a revista.

“Produtor rural, ele confirma que, ao melhor estilo Tio Patinhas, o personagem da Disney que nadava em dinheiro na sua caixa-­forte particular, dispôs da quantia em um cofre, mas conta já ter investido tudo na plantação de soja e milho. 'Compro adubo, semente. Na lavoura, é giro grande', relata o prefeito, dizendo que gosta de 'mexer com dinheiro mesmo' em vez de usar o sistema bancário”, consta em outro trecho da reportagem.

Os R$ 9 milhões são menos da metade do patrimônio do atual prefeito de Vera. Além disso, ele declarou – entre outros bens – seis colheitadeiras que, juntas, somam valor estimado de R$ 4.507.000, além de imóveis e equipamentos.

Apesar de tanto dinheiro, o prefeito afirmou à Justiça Eleitoral guardar módicos R$ 34.271,87 em bancos.

“O mato-gro­ssense é um exemplo de um comportamento curioso (e para lá de suspeito) que segue na contramão dos hábitos da população. Enquanto os brasileiros carregam cada vez menos dinheiro no bolso (e muito menos em casa), optando por transações eletrônicas, muitos políticos gostam de mexer com dinheiro mesmo e alguns guardam as cédulas em locais inusitados”, diz a revista, citando como exemplo o senador Chico Rodrigues (DEM/RR), flagrado com dinheiro na cueca.

A revista diz, ainda, que apesar de políticos declararem ter dinheiro em espécie, a prática é uma forma clássica de realizar negócios longe de órgãos de fiscalização, como o Coaf, sonegar impostos, ocultar pagamentos ou viabilizar o caixa dois.

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