Vinicius Mendes | GD
Foi homologado pela juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 3ª Vara de Colíder (650 km ao Norte), o pedido de desistência do recurso contra a decisão que determinou que José Edson de Santana seja julgado pelo Tribunal do Júri pelo homicídio do pequeno Davi Heitor Prates, 5, em março de 2023.
José Edson foi pronunciado por homicídio qualificado (por motivo torpe, com emprego de asfixia e mediante dissimulação) e ocultação de cadáver, e quando intimado ele informou que não desejava recorrer da pronúncia.
A Defensoria Pública, responsável pela defesa do réu, chegou a entrar com recurso em sentido estrito, porém depois pediu a desistência do recurso. A magistrada disse que, apesar do réu ter manifestado que não gostaria de recorrer, a defesa pode tomar as medidas que achar melhor para o benefício dele, assim como também pode desistir do recurso.
“Além do próprio réu ter manifestado o desinteresse no inconformismo, à Defesa é deferida a adoção da melhor estratégia, incluindo a desistência da interposição, notadamente no procedimento do Tribunal do Júri, no qual o juízo de pronúncia é provisório, podendo ser alterado pelo Conselho de Sentença”, disse a juíza.
Com isso ela homologou a desistência e deu prazo de 5 dias para que ambas as partes apresentem o rol de testemunhas que irão depor no julgamento. José Edson continua preso.
O caso
Crime ocorreu no dia 3 de março, quando Davi brincava com o irmão caçula na rua de casa enquanto a mãe fazia o almoço.
Quando o irmão menor entrou para beber água e voltou, a vítima não estava mais no local. As buscas então começaram e a investigação chegou ao acusado, que narrou o crime.
José relatou em depoimento que conversou com o menino, que o conhecia, pois o suspeito tinha namorado a mãe do menor. Abusando da confiança da criança, homem colocou a vítima na garupa da moto dizendo que iriam almoçar em um restaurante.
No trajeto, mudou o caminho e disse ao menino que iriam pescar.
“Que em determinado momento foram para debaixo da ponte, e lá o homem asfixiou com suas mãos as vias aéreas da criança, que chegou a se debater por 4 ou 5 minutos, e após esta desmaiar, amarrou a perna de Davi a uma pedra com uma corda, e em seguida o atirou no rio”, consta no documento.