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Polícia Sábado, 26 de Julho de 2025, 10:25 - A | A

26 de Julho de 2025, 10h:25 - A | A

Polícia / CRIMES OCORREM EM CASA

MT tem 2 cidades entre as 10 com mais estupros; mulher negra é o maior alvo

Aline Costa/Gazeta Digital



Anuário de Segurança colocou 4 cidades de Mato Grosso no ranking entre as 50 maiores taxas de estupro do país em 2024. O município de Sorriso (420 km ao Norte) se destacou negativamente com 131,9 vítimas a cada 100 mil habitantes, o segundo maior na lista nacional. Em denúncias de assédio sexual, o estado de Mato Grosso foi o segundo no ranking. No país, 2024 registrou número recorde de estupros desde que o levantamento foi criado.

Os dados foram divulgados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, liberado em 23 de julho. A edição traz dados de números de mortes violentas, desaparecimentos, roubos, furtos, feminicídios e outros dados referentes ao ano anterior.

Um dos dados mostrados no documento diz que 50 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes que registraram as maiores taxas de estupros. Dos 141 municípios mato-grossenses, 6 deles se encaixam no número de habitantes considerado (Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra) e deles 4 apareceram entre as taxas de estupro mais altas. Ou seja, 4 das 6 cidades consideradas para o levantamento se destacaram negativamente no cenário nacional.

A taxa do ranking representa a quantidade de estupros cometidos a cada 100 mil habitantes. Na ordem, Sorriso foi a segunda maior taxa do país, com 131,9. Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte) ocupou a 7° posição do país, com 99,5 estupros para cada 100 mil habitantes. Mato Grosso teve dois municípios nos 10 primeiros da lista

Sinop (500 km ao Norte) apareceu na lista nacional em 20° posição e Cuiabá em 43°.

“O município de Sorriso (MT), que em 2023 liderou o ranking, em 2024 ocupa a segunda posição. Localizada no norte do Mato Grosso, a cidade é tida como a Capital Nacional do Agronegócio e o maior produtor individual de soja do mundo. Outro

 

Local onde ocorreram os crimes de estupro e estupro de vulnerável no Brasil em 2024

município do MT, Tangará da Serra, em 2023 estava na 45ª posição do ranking e em 2024 pulou para a sétima posição da lista, com taxa de 99,5 estupros para cada 100 mil habitantes, um aumento de 67,2% nos números absolutos em relação ao ano anterior”, apresentou o relatório.

Em uma perspectiva estadual, Mato Grosso foi o 6° com maior taxa de registros de estupros e estupros de vulnerável, com 70,8 para cada 100 mil habitantes. O estado que apresentou a maior taxa foi Roraima, com 137.

Mato Grosso também ocupou a segunda colocação em casos de assédios sexuais denunciados, considerado como todo comportamento de natureza sexual não solicitado, dirigido à vítima com o objetivo de constrangê-la ou criar um ambiente hostil, no contexto de uma relação de poder ou hierarquia. O estado ficou atrás apenas do Amapá.

Retrato Nacional

Um dos fatores destacados pelo relatório foi o aumento no número de estupros em uma perspectiva nacional. Desde que o levantamento é realizado, em 2011, este é o maior número já visto, com 87.545 vítimas.

As mulheres e pessoas pretas foram a maioria das vítimas do crime. Mesmo com o registro de mais de 11 mil vítimas do sexo masculinos, as meninas e mulheres chegaram a quase 56 mil.

 

Relação entre vítima e autor nos registros de estupro e estupro de vulnerável no Brasil em 2024

A maior parte dos casos de crime foram registrados dentro de casa, no ambiente familiar, com o agressor sendo um conhecido ou parente.

“Em 2024, a maior parte dos estupros e estupros de vulnerável, como nos outros anos, aconteceu dentro de casa: 65,7% dos registros, que sobe para 67,9% nos casos de estupro de vulnerável. A residência, portanto, segue sendo o principal cenário dessa forma de violência, revelando que, majoritariamente, o estupro acontece em espaços privados, muitas vezes associados à intimidade e ao convívio familiar”, destaca o anuário.

Por fim, o relatório destaca que existem casos subnotificados, ou seja, aqueles em que não houve denúncias. Além disso, ele também questiona se o aumento nos casos não representa também um aumento nas pessoas que decidiram denunciar os crimes.

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