Vitória Gomes/Midia News
Familiares de pacientes que estiveram internados no Hospital São Judas Tadeu foram ouvidos esta semana pela delegada Luciani Barros Pereira de Lima, da 2ª Delegacia de Cuiabá.
Familiares de cinco pessoas procuraram a Polícia Civil após a ex-enfermeira da unidade, Amanda Delmondes Benício, relatar supostas negligências com pacientes com Covid-19.
Além dos familiares, delegada informou que dois pacientes serão ouvidos pela equipe da delegacia em suas residências, pois não têm condições de comparecer à unidade policial.
O Hospital São Judas também apresentou na delegacia documentos que foram solicitados pela delegada, como parte da investigação.
A unidade de saúde ainda deverá disponibilizar prontuários médicos dos pacientes relatados nas denúncias que a Polícia Civil recebeu.
Todas as informações reunidas nas diligências fazem parte do auto de investigação preliminar instaurado na última terça-feira (6) para apurar os fatos relatados na denúncia feita pela técnica de enfermagem.
Na semana passada, a delegada ouviu em depoimento a técnica de enfermagem que relatou as supostas denúncias em um boletim registrado na Central de Ocorrências de Cuiabá, no dia 5 de abril.
A delegada diz que todas as denúncias apresentadas pela profissional de saúde estão sendo apuradas, assim como analisados os documentos já recebidos, entre outras informações que se fizerem necessárias para o esclarecimento dos fatos registrados.
Relembre o caso
A técnica de enfermagem Amanda Delmondes denunciou o hospital no último dia 5, alegando que a unidade estaria sem medicamentos e tratando pacientes internados com Covid de maneira inadequada.
A ex-funcionária relatou diversas supostas negligências, incluindo criação de locais improvisados como Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e erros médicos que, segundo ela, podem ter contribuído para a morte do major da Polícia Militar, Thiago Martins de Souxa, de 34 anos.
Após a denúncia vir à tona, o Hospital negou todas as acusações e afirmou que as acusações de Amanda eram motivadas por vingança. Já que a técnica de enfermagem havia sido demitida por "práticas dissonantes com as exigidas pelo hospital".
No mesmo dia das denúncias, a advogada Gaia Menezes afirmou que o Hospital São Judas Tadeu acionaria judicialmente a ex-funcionária.