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Mato Grosso
Os nove réus denunciados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso em razão da Operação Camuflagem II, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Sorriso, foram condenados pela Justiça. As penas aplicadas somam mais de 250 anos de prisão. O grupo foi condenado por vários crimes, entre eles organização criminosa com emprego de arma de fogo, roubo de veículos e de defensivos agrícolas, comércio ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro. A sentença foi proferida na sexta-feira (23).
A operação Camuflagem II foi deflagrada em novembro do ano passado por meio de atuação conjunta entre o Gaeco, unidade regional de Sorriso, Polícia Civil, Polícia Militar, Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, Ciopaer e a Polícia Rodoviária Federal. Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão nos municípios de Sorriso, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sinop, São José do Rio Claro, Canarana e Cuiabá. Foram apreendidos também munições, réplicas de armas, defensivos agrícolas, documentos, balaclavas e roupas camufladas típicas das Forças Armadas.
Foram condenados pela Justiça Wandrey Alexandre Dornellas Rezende, José Neto Ferreira de Andrade, Ricardo Ferreira de Andrade, Dionatan Neves Brito, Francielli Cerrati, Leonir de Oliveira, Adilson da Costa Silva, Emerson Oldoni Panoncelli e Renato Pereira do Lago . Com exceção do réu Emerson Oldoni Panoncelli, que foi condenado a 12 anos de prisão, aos demais foram aplicadas penas que variam de 19 a 60 anos de reclusão. Na sentença, o juiz Anderson Candiotto negou aos condenados que ainda estão presos o direito de recorrerem em liberdade.
Várias facetas
O magistrado narra, na sentença, que os réus possuem personalidade dissimulada. Em alguns momentos demonstram uma vida particular discreta, em outros integram organização criminosa envolvida em crimes de alto potencial ofensivo e violentos. Alguns crimes foram, inclusive, premeditados com o uso de maquetes e fotos aéreas de drones.
Em um dos casos citados, o Ministério Público ressalta que as vítimas foram amarradas e usadas como escudo humano, dada a aglomeração de pessoas fora da residência. Destaca ainda que a organização atuou por vários anos em toda a região do médio norte do Estado de Mato Grosso.