O Globo
O presidente americano Donald Trump afirmou em sua rede social, a Truth Social, que vai pagar US$ 2 mil (cerca de R$ 10,7 mil) a cada americano, exceto os de alta renda, em dividendos, por conta do tarifaço implantado sobre os produtos importados de outros países.
Trump afirmou ainda que são “tolos” aqueles que são contrários às tarifas, e que o “país vive com quase nenhuma inflação e um recorde histórico nas Bolsas de Valores”:
“Estamos arrecadando trilhões de dólares e em breve começaremos a pagar nossa enorme dívida, de US$ 37 trilhões. Há investimentos recordes nos EUA, com fábricas e plantas surgindo por toda parte. Um dividendo de pelo menos US$ 2 mil por pessoa (excluindo pessoas de alta renda!) será pago a todos”, publicou ele, afirmando que sem as tarifas isso não seria possível.
Apesar de afirmar que o país não passa por um momento inflacionário, o indicador está acima da meta estabelecida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que é de 2%. Jerome Powell, presidente da autoridade monetária, tem afirmado que o trabalho do Fed tem sido desafiador diante do patamar inflacionário e, ao mesmo tempo, do desaquecimento do mercado de trabalho.
Para não perder talentos: pequenas e médias empresas usam ‘combos’ de benefícios para atrair profissionais
Trump ampliou a defesa das tarifas desde que, na semana passada, a Suprema Corte realizou audiência para ouvir os argumentos de um processo que busca anular essas medidas comerciais. Vários magistrados demonstraram ceticismo, levantando a possibilidade de que muitas das tarifas sejam derrubadas, o que poderia forçar o governo a devolver mais de US$ 100 bilhões e cortar um dos pilares do segundo mandato do presidente.
Trump afirmou que seria um “desastre” para os Estados Unidos se a Corte decidisse contra ele.
Parte do caso envolve as tarifas do chamado “Dia da Libertação”, anunciadas em 2 de abril, que impõem impostos entre 10% e 50% sobre a maioria das importações americanas, sob a justificativa de corrigirem o déficit comercial do país.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse mais cedo que os recursos para distribuir os US$ 2 mil poderiam vir de cortes de impostos aprovados no principal projeto de política econômica no início deste ano.
Em entrevista à rede americana ABC, Bessent afirmou que disse que não havia conversado com o presidente sobre essa ideia, mas comentou que “o dividendo pode vir de várias formas, de várias maneiras”
































































