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GERAL Quinta-feira, 09 de Dezembro de 2021, 14:16 - A | A

09 de Dezembro de 2021, 14h:16 - A | A

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Em júri, avó diz que menina morta envenenada por causa de herança de R$ 800 mil em MT não gostava da madrasta

G1/MT



A avó materna de Mirella Poliane Chue de Oliveira, morta aos 11 anos por envenenamento, disse nesta quinta-feira (9), durante julgamento de Jaíra Gonçalves de Arruda Oliveira, de 43 anos, acusada de matar a enteada, que a menina nunca gostou da ré.

Durante o depoimento, no Fórum de Cuiabá, Claudina Chue Marques, afirmou que Jaíra fazia intrigas na família, era preguiçosa e só acordava depois das 10h. “Vou ser bem clara: sabe quando seu sangue não bate com o de uma pessoa? Não gosto. Não gosto dela”, declarou.

Segundo Claudina, Mirella nunca falou bem da madrasta, mas também nunca reclamou de maus tratos. “A relação delas eu não sei. Ela sempre falava bem do pai, mas nunca falou bem da Jaíra. Porque falaria bem, se não convivia com ela?”, afirmou.

Em defesa do ex-genro, a avó materna disse que a menina gostava muito do pai.

No entanto, segundo a avó, não foi ela a responsável pela denúncia e que todos os exames feitos após a morte teriam demonstrada que Mirella não foi vítima de abuso sexual. O julgamento ocorre em Cuiabá após mais de dois anos da morte da criança.

Mirella morreu em 14 de junho de 2019, após ser internada em um hospital particular da capital. Através de exames, foram detectadas duas substâncias no sangue da vítima: uma delas veneno que provoca intoxicação crônica ou aguda e a morte. A principal suspeita do envenenamento é a madrasta.

O processo com mais de 3 mil páginas, reúne depoimentos de dezenas de testemunhas, laudos e relatórios de perícias. A estimativa da Justiça é que este julgamento dure ao menos dois dias. Se condenada, Jaíra pode pegar até 20 anos de prisão.

De acordo com a denúncia, a madrasta levou Mirela 12 vezes a hospitais no período em que colocava veneno na comida dela, mas sempre em hospitais diferentes para não levantar suspeitas, até que Mirela teve uma parada cardíaca e morreu.

Para a polícia, Jaíra queria ter acesso a R$ 800 mil que a menina recebeu de um hospital como indenização pela morte da mãe dela no parto. Mirela só teria acesso aos valores quando completasse 18 anos.

A suspeita está presa desde setembro 2019 na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, na capital.

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