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GERAL Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 09:15 - A | A

31 de Julho de 2025, 09h:15 - A | A

GERAL / AGRICULTURA

Falta de armazéns em MT obriga produtores a estocar milho a céu aberto

Estrutura do Estado comporta apenas 52,32 milhões de toneladas



Mato Grosso deve alcançar, na safra 2024/25 de milho e soja, a marca de 104,91 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). No entanto, o maior produtor de grãos do Brasil enfrenta problemas estruturais para armazenar sua produção.

Atualmente, a estrutura do Estado comporta apenas 52,32 milhões de toneladas, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso representa um déficit de 52,6 milhões de toneladas — ou seja, o Estado consegue estocar menos da metade do que produz (49,87%).

A colheita de soja já foi encerrada, com 50,89 milhões de toneladas produzidas em 12,79 milhões de hectares. Já a colheita do milho está em andamento, com produção estimada em 54,07 milhões de toneladas, cultivadas em 7,13 milhões de hectares.

Até o dia 25 de julho, 90,37% da área com milho havia sido colhida. O ritmo é mais lento do que no mesmo período do ano passado — 99,28% — e também inferior às médias das últimas cinco safras — 93,23%.

Conforme o Imea, o problema estrutural se arrasta há anos e tem se agravado com o crescimento acelerado da produção. Desde a safra 2010/11, a produção de soja e milho cresceu, em média, 9,89% ao ano, enquanto a capacidade de armazenagem aumentou apenas 4,25% ao ano.

Em várias regiões do Estado, já é possível ver milho estocado a céu aberto. Em Peixoto de Azevedo, as colheitadeiras avançam pelos últimos hectares da segunda safra 2024/25, que contou com o cultivo de 12,6 mil hectares de milho.

Segundo Daniel Batista Hoffmann, gerente de produção da Fazenda Santa Margarida, em entrevista ao Canal Rural de Mato Grosso, os silos da propriedade já estão cheios — com capacidade para 720 mil sacas — e a única solução foi estocar parte do milho no chão.

Mesmo com planejamento para vender antecipadamente 70% da produção, apenas 19% foi retirada até o momento. “A situação se repete há anos e não conseguimos evitar”, lamentou Hoffmann.

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