Repórter MT
O laudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que Joca, o cão da raça Golden Retrieve, de 5 anos, que morreu no voo da Gol, teve um choque cardiogênico, condição em que o coração perde a capacidade de bombear sangue suficiente para os outros órgãos.
No dia 22 de abril, Joca deveria embarcar de Guarulhos (SP) para Sinop, ao norte de Mato Grosso, onde iria morar com seu tutor João Fantazzini. No entanto, por erro da companhia aérea Gol, o cão foi enviado para Fortaleza (CE).
Quando o erro foi constatado, o animal foi enviado de volta para São Paulo e, após esse voo, um funcionário do aeroporto, ao abrir o bagageiro do avião, constatou que a caixa teria sido deixada solta.
O animal foi entregue sem vida ao seu tutor.
A suspeita inicial é que o animal tinha morrido por conta de uma parada cardiorrespiratória provocada pelo calor.
A médica veterinária Fátima Martins, que analisou o laudo, afirmou que o choque cardiogênico foi consequência da hipertermia, que é a elevação da temperatura corporal. Segundo a médica, houve uma parada cardiorrespiratória e a falência cardíaca foi por causa da desidratação.
Caixa solta
A caixa que levava Joca estava solta no porão da aeronave. A informação foi revelada por uma testemunha durante depoimento aos policiais responsáveis pela apuração do caso.
Um funcionário do aeroporto de Fortaleza percebeu que havia algo errado assim que abriu o bagageiro do avião. Ele fez fotos da caixa de transporte e disse para a polícia que não havia fita ou cinto de segurança prendendo o compartimento. As informações foram divulgadas pelo Jornal Nacional, da TV Globo.