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Polícia Sexta-feira, 24 de Maio de 2024, 14:10 - A | A

24 de Maio de 2024, 14h:10 - A | A

Polícia / VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

Homem é preso por manter esposa em cárcere privado e ameaçá-la com faca em VG

Ao perceber a situação, a filha do suspeito avisou à mãe da vítima, que procurou ajuda na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher da Capital

Da Assessoria



Um homem de 40 anos, que mantinha a mulher trancada dentro do quarto, ameaçando-a com uma faca, foi preso pela Polícia Civil na quinta-feira (23), em Várzea Grande. O suspeito foi autuado em flagrante pelos crimes de ameaça, cárcere privado e violência psicológica. A vítima foi resgatada com segurança do local.

Segundo a Polícia Civil, as diligências iniciaram logo após a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) de Cuiabá ser informada sobre uma mulher que estava sendo mantida em cárcere privado pelo companheiro desde as 18 horas do dia anterior.

O agressor exigia que a família, inclusive as filhas da vítima, mantivesse distância da mulher. Por ela não obedecer os seus comandos, o agressor resolveu trancá-la no quarto, proibindo-a de sair, com uma faca em seu pescoço. Ao perceber a situação, a filha do suspeito avisou à mãe da vítima, que procurou ajuda na Especializada da Capital.

Imediatamente os policiais civis foram até o endereço do casal, na região central de Várzea Grande. Ao chegarem ao local, perceberam que a vítima estava trancada no quarto, momento em que ela foi libertada.

Já o companheiro foi detido e encaminhado até a delegacia para esclarecimentos. O conduzido foi interrogado e autuado em flagrante pelos crimes de ameaça, cárcere privado e violência psicológica.

Conforme a delegada titular da DEDM de Cuiabá, Judá Marcondes, o comportamento de tentar isolar a vítima é uma etapa do 'gasligthing' (manipulação) para que ela perca a sua rede de apoio e se torne vulnerável e suscetível ao controle e violências perpetradas pelo agressor.

“Gasligthing é um método aplicado pelo agressor em que objetiva retirar a percepção da realidade da mulher, de modo a não identificar as agressões sofridas ou se culpar por elas, dificultando o rompimento do ciclo de violência em que está inserida”, destacou a delegada.

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