Por Gabriel Shinohara, Valor — Brasília
As instituições que quiserem ofertar a nova versão do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix poderão disponibilizá-la a seus clientes a partir deste domingo. O MED 2.0, como é conhecido, vai identificar o caminho do dinheiro nas contas usadas para casos de fraudes, golpes ou coerção do consumidor e facilitará a devolução dos recursos.
Na forma atual, o MED consegue identificar e possibilitar a devolução de recursos alvos de fraudes e golpes apenas na primeira conta que recebeu os recursos do crime. No entanto, os criminosos tendem a rapidamente transferir os valores para outras contas, dificultando a devolução.
Com o MED 2.0, será possível identificar essas outras contas e permitir a devolução de recursos em até 11 dias após a contestação da vítima. O diretor de organização do sistema financeiro e de resolução do BC, Renato Gomes, afirmou em live neste mês que a adoção do mecanismo neste primeiro momento é facultativa, a depender da instituição, mas que acredita que muitas vão oferecer desde já.
“Isso permite que a gente rastreie o dinheiro em mais camadas. Hoje em dia a gente só rastreia o dinheiro na primeira conta recebedora, mas a conta recebedora, em uma fraude de R$ 100, manda R$ 50 para um lado e R$ 50 para o outro. Cada conta que recebeu os R$ 50 faz mais transações por sua vez. Então, agora a gente vai poder mapear essa árvore de transações em várias camadas e bloquear os recursos com muito mais facilidade”, disse Gomes.
A oferta é facultativa a partir deste dia 23 e passa a ser obrigatória a partir de 2 de fevereiro de 2026.




































































